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"UM SER EM CONSTRUÇÃO"

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Sao Paulo, Brazil
Sou aquela que voa nas asas da borboleta Mas que também arde nas lavas de um vulcão Sou a suave brisa que acaricia seu rosto Mas também sou o vendaval que te arrasta Sou água que flui em rio caudaloso Sou fogo que arde de paixão Sou terra em que piso com passo forte Sou ar que em delírios se desprende do chão Sou fênix e das cinzas renasço Reconstruo a mim mesma, passo a passo Sou uma e em várias me reparto Em meus labirintos me perco para me reencontrar Junto meus pedaços e me reivento Me refaço de minha própria essência com gratidão e sem lamento e busco a cada dia ser mais inteira.

sábado, 6 de agosto de 2011

Casa Vazia


Quando "ela" se foi... deixando-me  sozinha, 
chamei o jardineiro e mandei-lhe cortar a enorme mangueira do quintal, 
que todos os anos cobria o chão com seus frutos.
Depois chamei o pedreiro e mandei-lhe destelhar a casa. 
Chamei os vizinhos e deu-lhes todos os móveis, menos um.
No quarto vazio, onde agora chovia, fazia sol e breve começariam a nascer musgos, 
começei  então a viver minha vida de "anacoreta"...
esmerando-me em ocupar, todos os espaços da casa vazia.


Contos de amor rasgados:
Porque os prazeres já não podiam ser os mesmos
Rio de Janeiro: Rocco, 1986 - p 147.


Anacoreta: o que vive na solidão, entregue à vida contemplativa.
Esmerandoesforçar-se; empregar todos os meios.

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